domingo, 9 de junho de 2013

Os Estados Unidos no limite da Hipermodernidade

Como dizia Jean Baudrillard: "a convicção idílica dos americanos de que são o centro do mundo, a potência suprema e o modelo absoluto não é falsa". De fato, os americanos são a vanguarda da modernidade, o modelo que arrasta a todos para um mesmo triturador sócio-cultural. Não se trata apenas de poder econômico, militar e político - o que é evidente depois da bipolaridade - mas de algo maior, de simulacros de utopia realizada. Nos Estados Unidos a utopia moderna de liberdade e justiça perece tão real para eles como os filmes hollywoodianos são para os espectadores-mundo. Assim, somente os americanos podem definir os conceitos revolucionários da própria modernidade; liberdade e justiça são conceitos com efeitos mais verdadeiros quando pronunciados pelo poder político e publicitário americano. 
Os Estados Unidos no limite da hipermodernidade representam antes um poder espectral do que real, de certa forma a centralização do cinema americano como filmografia-mundo, assim como seu  jornalismo que centraliza a informação-mundo corroboram a presença de poder ideológico inédito de tom totalitário. Efetivamente, nunca a expressão de "fim da história" - pelo menos a história como realização de projeto moderno de matriz hegeliana-  esteve tão próxima de realizar-se,  em distopia, como agora. Se o poder moderno-militar é antes imagem cativante do que realidade destruidora, antes ideologia-imagética do que realidade político-filosófica; então estamos -absolutamente - diante deste poder.

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