sexta-feira, 14 de junho de 2013

Movimentos de Massa e o Esbatimento do Político na Pós-Modernidade

Pululam por todo o globo movimentos de massa protagonizados - essencialmente - por jovens. É fundamental acentuar o termo "massa" para que possamos compreender parte do fenômeno. A massa, de acordo com Baudrillard, não tem nada   a ver com alguma população real, com algum corpo social. Trata-se fundamentalmente de indivíduos isolados do social e da política; indivíduos conectados por redes informacionais [obscenamente nominadas de "redes sociais"]. Ao contrário dos movimentos sociais  em que toda a direção da ação está carregada de debate e planejamento, os movimentos de massa pós-modernos caracterizam-se pela esquizofrenia da práxis e pela ausência de corpo político. 
Diferentemente da fraseologia jornalística embriagada pela violência ao patrimônio, há uma violência simbólica muito mais grave presente nos movimentos de massa pós-modernos que precisa ser contabilizada. Em poucas palavras, a violência simbólica - presente  nestes movimentos - corresponde à transformação das forças vivas em hiperindividualismo moderno que fomenta a cultura de massa em detrimento do social e do político produzindo, assim, o esbatimento da representação política. De fato, não há utopia - como em Maio de 68 - apenas a explosão de subjetividades. 

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