quinta-feira, 30 de maio de 2013

Por uma Economia Política da Cultura-Mundo


Quando pensamos sobre a Cultura-Mundo, ou seja, na mundialização [ou globalização] da cultura imediata é importante problematizá-la no campo da própria economia política. Assim, discorrer acerca do conceito de Gilles Lipovetsky: "[...] a cultura-mundo é a do indivíduo diante de si mesmo, sem rede de proteção, obrigado a se autocriar"; que corresponde à uma forte angustia sartriana, sublinha um equivalente muito próximo do processo de criação moderna do trabalhador livre - corpo isolado dos meios de reprodução de si, obrigado a se autocriar como sujeito e proletário. De fato, a liberdade na modernidade, além do caráter emancipatório e político, também representa uma enorme angustia na forma em que ela se estabelece para os sujeitos. Na modernidade somos todos livres, mas antes de tudo, amiúde expropriados dos meios de existência da própria liberdade. Eis o Paradoxo político que silenciosamente esvazia nossa resistência transformando-nos em produtores e consumidores de mercadorias...









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